Biografia A História do Zé Roberto

José Roberto da Silva Júnior - ZÉ ROBERTO

José Roberto da Silva Júnior é o exemplo perfeito de quem nasceu para jogar futebol. São duas décadas de uma carreira marcada por vitórias, títulos e prêmios. Uma história de reconhecimento, dentro e fora do Brasil.

Paulistano, Zé Roberto começou a escrever seu destino nas divisões inferiores do Pequeninos do Jóquey, onde estruturou sua formação, dos 7 aos 14 anos. Seu talento com a perna esquerda não demorou a fazer surgir um estilo clássico, de técnica refinada, habilidade, drible curto, visão de jogo e conclusão precisa. Foi na Portuguesa, contudo, a partir dos 16 anos, que lapidou tais características e se projetou nacionalmente. Após a passagem pela base e a integração aos profissionais no início dos anos 90, marcou época na Lusa como lateral-esquerdo, especialmente na campanha do vice brasileiro de 1996. Figura central na equipe comandada pelo técnico Candinho, foi eleito o melhor da posição no campeonato e faturou a tradicional Bola de Prata da Revista Placar.

O alto rendimento rendeu-lhe a primeira experiência no exterior já no ano seguinte, quando o Real Madrid investiu pesado para levá-lo do Canindé ao Santiago Bernabéu. À época, o vultoso investimento - cerca de US$ 8 milhões - representou a maior transferência de um lateral-esquerdo do futebol brasileiro.

Na Espanha, integrou o elenco merengue que conquistou a Liga Nacional e a Supercopa da Espanha 1996/1997. Pouco aproveitado, porém, optou por retornar ao país por empréstimo, via Flamengo, clube pelo qual disputou o Brasileirão de 1998. A vitrine proporcionada pelas boas atuações, na lateral em sua maioria, novamente despertou o interesse europeu e, encerrado o contrato na Gávea, Zé Roberto seguiu direto ao Bayer Leverkusen (ALE), repassado pelo Real.

Com pouco mais de 20 anos, através da Alemanha, passava a trilhar o caminho da consagração internacional. Em Leverkusen, ao lado do zagueiro Lúcio, ajudou a elevar o clube local a um patamar diferenciado. Principalmente com a visibilidade garantida pela campanha na temporada 2001/2002, quando alcançou as decisões da Bundesliga - liga nacional - e da Liga dos Campeões da Europa.

Quase cinco após desembarcar em terras germânicas, em 2003, o já meio-campista mudou-se para Munique, onde definitivamente marcaria seu nome no Velho Continente. Contratado pelo Bayern, aos poucos mostrou-se um jogador completo. Competitivo, pelo poder de marcação adquirido no país, e de grande qualidade técnica, condição inata ao seu talento. Além da melhor fase de sua trajetória nos gramados, a combinação rendeu-lhe muitos títulos. Dez deles, especificamente: quatro Bundesliga, quatro Copas da Alemanha e duas Copas da Liga Alemã.

Afirmado, acertou por dois anos com o Hamburgo, em 2009. Antes, porém, regressou brevemente ao Brasil para conduzir o Santos ao título paulista e às semifinais da Copa Libertadores de 2007.

Mais recentemente, encerrada a história de sucesso na Alemanha, assumiu o desafio de jogar no mundo árabe. Responsável por ocupar a vaga de Juninho Pernambucano, então repatriado pelo Vasco da Gama, teve eficiência de sobra para garantir ao Al Gharafa a taça nacional da Copa do Emir. Já anunciado pelo Grêmio, fechou com chave de ouro, em maio de 2012, o giro de menos de um ano pelo Catar.

Aos 40 anos, Zé Roberto é dono de privilegiada condição física, resultado de seu profissionalismo: duas semanas antes de chegar ao estádio Olímpico, por exemplo, manteve a forma em trabalhos orientados por um preparador na Europa.

Apresentado oficialmente em 4 de junho de 2012, não demorou a se firmar como um dos principais nomes tricolores. Em dezembro, renovou contrato até o final da temporada 2013, com possibilidade de estendê-lo caso o clube gaúcho garantisse participação na Copa Libertadores, o que de fato aconteceu.

Em 2015 foi anunciado como grande reforço do Palmeiras. Apontado pela direção como um dos pilares do novo projeto Alviverde, tornou-se capitão do time,foi eleito o melhor lateral esquerdo do Campeonato Paulista e levantou a Taça de Campeão da Copa do Brasil.

Seleção Brasileira:
Zé Roberto tem experiência de sobra com a amarelinha. São duas Copas do Mundo no currículo: a de 1998, na França; e a de 2006, na Alemanha, quando integrou a seleção do torneio eleita pela Fifa e por duas vezes foi eleito o jogador da partida. Faturou quatro títulos: as Copas América 1997 e 1999 e as Copas das Confederações 1997 e 2005. Acumula 85 exibições pela equipe principal do Brasil, em pouco mais de 100 convocações.